Enquanto o mercado de criptomoedas celebrava avanços significativos, com o Bitcoin almejando novos patamares, a comunidade WEMIX enfrentou um revés inesperado. As cinco principais corretoras da Coreia do Sul, operando sob a égide da DAXA (Digital Asset Exchange Alliance), anunciaram a suspensão da negociação da criptomoeda WEMIX, nativa do ecossistema de jogos blockchain da Wemade, a partir de 2 de junho de 2025.
Essa decisão coletiva, tomada por algumas das plataformas de negociação mais influentes do país – Bithumb, Korbit, Coinone, Upbit e Gopax – reverberou imediatamente no mercado, impactando drasticamente o valor da altcoin. O WEMIX experimentou uma queda abrupta de 60%, atingindo a mínima de US$ 0,2757 logo após o anúncio.
Curiosamente, este não é o primeiro encontro do WEMIX com a deslistagem nas principais bolsas sul-coreanas. No final de 2022, a DAXA já havia suspendido a negociação do token, citando na época preocupações sobre a precisão dos dados relacionados à sua oferta circulante.
A equipe por trás do projeto WEMIX, no entanto, não se rendeu. Através de um esforço concentrado, que incluiu pedidos públicos de desculpas e até mesmo recursos judiciais, conseguiu reverter a situação e garantir a reinclusão do token nas plataformas de negociação no início de 2023.
Apesar das iniciativas tomadas para aumentar a transparência e promover reformas internas, a DAXA optou por suspender novamente a negociação do WEMIX, alegando que o projeto não conseguiu atender aos padrões mínimos para a manutenção da listagem. Embora as corretoras não tenham divulgado detalhes específicos sobre os critérios de avaliação, a segunda deslistagem sugere que as preocupações podem estar relacionadas à tokenomics do ativo, à gestão do projeto e, possivelmente, ao seu desempenho a longo prazo.
Para os investidores, este episódio serve como um lembrete dos riscos inerentes à dependência cambial em mercados com forte regulamentação. A ação unificada da DAXA demonstra que a incapacidade de satisfazer os requisitos de uma única bolsa pode resultar na exclusão do ativo em todas as cinco principais plataformas.
O futuro do WEMIX permanece incerto. Esta segunda deslistagem pode atrair maior escrutínio por parte de outras bolsas, além de reacender o debate sobre a transparência e o poder das corretoras. Em um cenário onde as finanças descentralizadas (DeFi) ganham cada vez mais espaço, alguns membros da comunidade cripto podem defender a adoção de processos de listagem e deslistagem mais descentralizados, visando evitar ações coordenadas que podem derrubar os preços dos ativos em questão de horas.
Em resposta ao anúncio da deslistagem, a equipe do WEMIX declarou que está trabalhando para mitigar o impacto da decisão e buscar um retorno à estabilidade operacional.
Após a queda inicial, o WEMIX demonstrou resiliência, recuperando-se e sendo negociado em torno de US$ 0,3572. Essa recuperação pode ser atribuída ao aumento da atividade de negociação, com investidores buscando capitalizar a volatilidade do mercado. O volume diário de negociações registrou um aumento expressivo de quase 1.800%, evidenciando o interesse intensificado dos investidores.
Apesar desse alívio momentâneo, a reputação do WEMIX sofreu um duro golpe. A altcoin corre o risco de perder uma parcela significativa de seus usuários ativos na Coreia do Sul. A equipe do projeto agora deverá concentrar seus esforços no suporte global e nas listagens em exchanges internacionais.
A menos que a equipe consiga restabelecer a confiança da DAXA, o futuro do WEMIX na Coreia do Sul permanece incerto. A Wemade, uma das pioneiras no desenvolvimento de jogos blockchain, terá que demonstrar resiliência e inovação para superar este desafio. A comunidade cripto acompanhará de perto a forma como a empresa responderá a esta nova onda de deslistagens.