A mais recente leva de episódios de "Pokémon Horizons: The Series", intitulada "A Busca por Laqua Parte 3", trouxe sentimentos mistos. Após o intenso teste de Terastalização, Liko, Roy e Dot, agora mais fortes, se preparam para retomar a jornada com os Rising Volt Tacklers. O objetivo? Desvendar os mistérios de Laqua e encontrar os Pokémon lendários de Lucius, incluindo o enigmático Rayquaza Negro.
A premissa era promissora, repleta de potencial para expandir o universo da série. No entanto, uma parte considerável desses episódios pareceu arrastada e sem o brilho dos arcos anteriores. A intensidade e o desenvolvimento notável dos personagens durante o teste de Terastalização elevaram as expectativas, e o retorno à fórmula original da série resultou em um ritmo mais lento e menos impactante.
A narrativa, embora focada em desvendar os segredos de Lucius, apresentou seus altos e baixos. Alguns episódios se destacaram por revelarem detalhes cruciais sobre o passado e por darem vazão a teorias antigas. Contudo, a maneira como essas informações foram entregues deixou a desejar. A integração de elementos de "Pokémon Scarlet e Violet", apesar de ser um deleite para os fãs dos jogos, pareceu forçada e superficial. Em vez de enriquecer a história, esses elementos soaram como notas de rodapé, sem a devida construção de lore.
A participação dos Pokémon lendários de Lucius também decepcionou. Apesar da expectativa criada em torno deles, sua introdução e desenvolvimento foram considerados banais e sem a emoção esperada. A série pareceu recuar, repetindo elementos já explorados nas temporadas iniciais. A falta de novidade e de momentos verdadeiramente empolgantes tornou a jornada menos envolvente.
Alguns episódios beiraram o filler, salvando-se apenas por introduzirem elementos importantes da trama nos minutos finais. Mesmo ao tentar aprofundar aspectos positivos da série, a execução tropeçou. A animação e o desenvolvimento dos personagens, que brilharam nos primeiros episódios da temporada, pareceram perder força. A sensação foi de que a energia e o foco foram diluídos, comprometendo o impacto geral.
Até mesmo a presença dos Explorers, que antes desempenhavam um papel crucial, diminuiu consideravelmente. A qualidade da animação também sofreu um revés, com segmentos repetidos e coreografias menos dinâmicas. As músicas, embora agradáveis, não conseguiram compensar as falhas em outros aspectos.
Problemas técnicos também foram notados, como a falta de créditos adequados para alguns dubladores. A listagem de novos atores como "vozes adicionais" dificultou a identificação dos responsáveis por cada personagem, demonstrando uma falta de cuidado com os detalhes.
No geral, essa leva de episódios pareceu indicar uma perda de fôlego por parte da série. O forte senso de impulso que antes a impulsionava diminuiu, e alguns episódios se tornaram monótonos. Essa situação é preocupante, considerando que a série se aproxima do clímax do arco. A esperança é que essa fase seja apenas um breve tropeço, e não um novo padrão para "Pokémon Horizons".