Uma nova animação chinesa está capturando a atenção dos fãs, sendo carinhosamente apelidada de "Pokémon Chinês". A razão para esse apelido é evidente: a obra evoca a familiar mecânica de monstros de bolso, mas com uma roupagem voltada para um público mais maduro, apresentando um protagonista adulto e explorando temas mais complexos. Embora a inspiração em Pokémon seja inegável, a animação trilha seu próprio caminho, introduzindo mecânicas de combate distintas e uma narrativa com reviravoltas inesperadas logo nos primeiros episódios.
A qualidade da animação é um dos pontos altos da produção, com sequências de ação impressionantes que prendem o espectador. Diferentemente de Pokémon, onde os mestres geralmente dão ordens à distância, nesta obra, eles parecem lutar em sincronia com suas criaturas, quase como se encarnassem nelas para controlar seus movimentos. As batalhas ganham uma escala mais épica, com criaturas poderosas protagonizando confrontos megalomaníacos. Além disso, o controle dos mestres sobre suas criaturas parece ser mais direto e intrínseco, criando uma dinâmica de luta única.
A narrativa também se aventura por caminhos incomuns, com elementos como reencarnação já no primeiro episódio, surpreendendo aqueles que não leram a sinopse previamente. A história começa com o protagonista, um mestre de rank B, buscando ascender ao rank A em um torneio. Sua criatura principal, uma baleia gigante que evoluiu de um pequeno peixe (ecoando a evolução dos Pokémon), acaba saindo de seu controle durante uma luta, resultando na morte do mestre.
Um ano após sua morte, o protagonista reencarna no corpo de um homem desconhecido, que aparentemente teve algum desentendimento com uma jovem mestre. Agora com apenas duas criaturas fracas a seu dispor, o protagonista, com sua experiência de mestre de alto nível em sua vida anterior, demonstra sua habilidade, surpreendendo a adversária e sua poderosa criatura serpente. A batalha, embora bem animada, possui um tom mais leve e divertido, indicando que a obra não se propõe a ser um drama sombrio.
Um aspecto interessante da animação chinesa, e presente aqui de forma equilibrada, é a inserção de humor. O vídeo ressalta a importância de o humor ser coerente com o tom da cena, elogiando como a obra geralmente evita quebras abruptas de clima. No entanto, um exemplo posterior na narrativa envolvendo a guilda do protagonista demonstra uma dissonância tonal, onde piadas são inseridas em um momento de perda e tristeza.
A mecânica de luta se aprofunda com a revelação de que o mestre quase se funde com sua criatura, controlando seus movimentos mentalmente. Essa ligação íntima e a possibilidade de atacar diretamente o mestre adicionam uma camada estratégica aos combates, exigindo habilidade tanto do mestre quanto da criatura.
Apesar de sua destreza, o protagonista inicialmente não consegue vencer sua adversária, mas logo estabelece um contrato com uma nova criatura, a forma inicial da poderosa baleia de sua vida anterior. Com essa criatura aparentemente frágil, ele consegue derrotar a serpente da oponente, com uma explicação posterior sobre as complexidades envolvidas nessa habilidade. O passado do protagonista como o único mestre capaz de evoluir essa criatura aquática até seu potencial máximo é um ponto central da trama.
A relação com a jovem mestre se desenvolve com um tom cômico, sugerindo que ela pode se tornar uma das heroínas principais ao lado do protagonista. Outra personagem feminina é introduzida como um possível interesse romântico, embora sua personalidade seja considerada menos cativante.
Após escapar do palácio da jovem mestre, o protagonista retorna à sua guilda, apenas para encontrá-la em ruínas. A perda de um "pet" (criatura) em combate foi o catalisador para a dispersão dos membros restantes. Agora, o protagonista precisa reconstruir sua guilda do zero, ao mesmo tempo em que treina suas novas criaturas e busca desvendar os mistérios por trás de sua morte anterior.
A obra explora a perda de criaturas de forma mais direta do que Pokémon, onde a morte raramente é abordada. Aqui, a perda de um "pet" tem um impacto emocional significativo, alinhado com a proposta de ser uma animação para um público mais adulto.
A ambientação e as mecânicas do mundo se revelam gradualmente, com a explicação de como os pactos com as criaturas espirituais são realizados através de rituais. As criaturas são armazenadas em um plano espiritual e invocadas para o combate, com a magia permeando esse universo. Uma loja semelhante aos centros Pokémon é apresentada, onde as criaturas feridas podem ser cuidadas.
Um dos maiores elogios do vídeo é a consistência da animação, um contraste notável com outra obra do mesmo estúdio que sofria de inconsistência visual. Em "Pokémon Chinês", a qualidade da animação se mantém fluida e bem trabalhada em todos os episódios até o momento.
Em suas considerações finais, o vídeo recomenda a animação para fãs de Pokémon que buscam uma abordagem diferente, com um protagonista adulto e uma trama com elementos mais sérios e combates mais intensos. A obra equilibra a nostalgia de mecânicas familiares com novas ideias e uma animação de alta qualidade, tornando-a uma experiência divertida e envolvente para um público mais velho. Atualmente disponível por meios alternativos, há uma expectativa de que a animação chegue a plataformas de streaming oficiais no futuro.