A corretora brasileira de criptomoedas Monnos está no centro de uma tempestade de reclamações, deixando seus clientes em estado de apreensão. Usuários relatam a impossibilidade de realizar saques, falta de suporte e um site praticamente inoperante. A situação se agrava com o desaparecimento da empresa das redes sociais, intensificando o pânico entre os investidores.
As queixas sobre a Monnos se acumulam em plataformas como o "Reclame Aqui", onde clientes expressam frustração e preocupação com a inacessibilidade aos seus fundos. As reclamações, datadas de meados de junho, descrevem a mesma saga: dificuldade em navegar na plataforma, impossibilidade de retirar criptomoedas e ausência de respostas por parte do suporte ao cliente.
Os problemas não se restringem ao site da corretora. Usuários também relatam dificuldades no aplicativo da Monnos, disponível tanto na App Store da Apple quanto na Google Play Store. As avaliações negativas descrevem um cenário de meses de impossibilidade de venda ou transferência de criptomoedas, culminando no desligamento repentino do aplicativo sem qualquer aviso prévio.
A situação da Monnos se torna ainda mais preocupante com o sumiço da empresa das redes sociais. Seus perfis no LinkedIn, X (antigo Twitter) e Instagram foram deletados, levantando questionamentos sobre o futuro da corretora e o destino dos investimentos de seus clientes.
O site da Monnos, embora ainda acessível em sua página inicial, apresenta graves problemas de funcionalidade. Tentativas de navegação frequentemente resultam em links quebrados e erros de conexão com o banco de dados, dificultando ainda mais o acesso dos usuários aos seus ativos.
A situação do canal da Monnos no Telegram é particularmente alarmante. Há indícios de que o canal tenha sido invadido e utilizado para promover um golpe, com mensagens sobre uma suposta migração do contrato inteligente da moeda MNS, token da corretora.
Diante da crescente onda de reclamações e da falta de transparência da Monnos, o Livecoins entrou em contato com Rodrigo Soeiro, CEO da empresa. Em resposta, Soeiro informou que as operações da Monnos foram interrompidas e que as circunstâncias estão sendo apuradas. A previsão é que as investigações levem de três a cinco semanas, período em que a empresa se compromete a prestar os devidos esclarecimentos aos seus usuários.
Em um comunicado divulgado no site da Monnos, a empresa informa: "Prezado(a) Usuário(a), As operações da Monnos foram interrompidas. Todas as circunstâncias estão sendo devidamente apuradas para que possamos prestar os devidos esclarecimentos aos nossos Usuários. A estimativa é de que as apurações levem de 3 a 5 semanas, a depender do retorno que obtivermos de nossa equipe técnica e fornecedor(es). Não pouparemos esforços para que todos os esclarecimentos sejam prestados com a maior brevidade possível. Em caso de dúvidas, favor entrar em contato pelo email ajuda@monnos.com Atenciosamente."
A situação da Monnos serve como um alerta para os investidores em criptomoedas, ressaltando a importância de escolher corretoras confiáveis e com boa reputação. A falta de transparência e a dificuldade em contatar o suporte ao cliente são sinais de alerta que devem ser levados em consideração ao selecionar uma plataforma para investir em ativos digitais. Acompanharemos de perto o desenrolar dessa situação e manteremos nossos leitores informados sobre os próximos acontecimentos.