Em um novo e eletrizante capítulo da saga Detective Conan, a franquia eleva a fasquia com um enredo complexo e cheio de ação que coloca Conan e seus aliados diretamente na mira da temível Organização Negra. Ambientado em uma instalação offshore inovadora chamada Pacific Buoy, o filme mergulha em temas de segurança global, inteligência artificial e os perigos potenciais da tecnologia avançada nas mãos erradas.

A premissa gira em torno de um sistema de segurança global de ponta que utiliza reconhecimento facial para rastrear criminosos em qualquer câmera de segurança conectada. Quando a Interpol decide testar o sistema na Pacific Buoy, Conan e seus amigos se encontram no centro de uma teia de intrigas. A Organização Negra, sempre à espreita nas sombras, sequestra um dos principais engenheiros do projeto, com a intenção de usar o sistema para seus próprios fins obscuros.

No entanto, seus planos podem ter inadvertidamente descoberto o segredo mais bem guardado de Ai Haibara, uma ex-membro da organização que agora trabalha com Conan para desmantelar suas operações. Com a identidade de Ai em risco, Conan deve usar toda a sua inteligência e habilidades para proteger sua amiga e impedir que a Organização Negra obtenha controle sobre o sistema de segurança.

O filme se destaca por colocar a Organização Negra em destaque, algo que nem sempre acontece na série principal, onde sua presença é diluída por casos menores. Ao trazer à tona os principais antagonistas, o filme reafirma sua importância como a força motriz por trás dos eventos que transformaram Shinichi Kudo em Conan e moldaram o destino de Shiho Miyano (Ai).

A trama se desenrola de maneira cativante, com sequências de ação emocionantes e reviravoltas inesperadas. A ideia de um confronto entre Conan e a Organização Negra nas profundezas do oceano é inovadora e visualmente impressionante. Além disso, a exploração de temas contemporâneos, como o uso indevido de deepfakes e inteligência artificial, adiciona uma camada extra de relevância à narrativa.

Embora o filme não se aprofunde totalmente nos perigos inerentes a um sistema de segurança global tão poderoso, ele levanta questões importantes sobre privacidade, vigilância e o potencial de abuso de tecnologia avançada. A Organização Negra surge como a personificação desses perigos, representando uma ameaça não apenas para Conan e seus amigos, mas para a segurança global.

Um dos pontos fortes do filme é a maneira como ele retrata os membros da Organização Negra. Mesmo com tempo de tela limitado, cada personagem é distinto e memorável. A dinâmica interna da organização é explorada de forma interessante, revelando um grupo de indivíduos brilhantes, mas extremamente hostis e desconfiados uns dos outros. Essa falta de coesão se torna sua maior fraqueza, contrastando fortemente com a camaradagem e o trabalho em equipe que unem Conan e seus aliados.

O relacionamento entre Conan e Ai é um dos pilares emocionais do filme, destacando a importância da amizade e da confiança mútua. Os momentos entre os dois personagens são particularmente cativantes, com toques de humor e fan service que agradarão aos fãs da série.

Em suma, o filme é uma experiência emocionante e gratificante para os fãs de Detective Conan. A trama é bem construída, a animação é de alta qualidade e a trilha sonora icônica da série contribui para a atmosfera geral. A presença marcante da Organização Negra e a ênfase no relacionamento entre Conan e Ai elevam este filme a um dos melhores da franquia. Apesar de algumas conveniências narrativas, o filme oferece uma reflexão interessante sobre a importância do trabalho em equipe, da amizade e da luta contra as forças obscuras que ameaçam a sociedade. Mesmo que você não seja um especialista em Detective Conan, poderá apreciar a ação, o suspense e os mistérios intrincados que este filme tem a oferecer.