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Brasileiros Lucram com Bitcoin e Buscam Estabilidade na Renda Fixa

27-07-2025
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A recente valorização do Bitcoin, que atingiu patamares históricos, provocou um movimento interessante no mercado financeiro brasileiro. Ao contrário do comportamento impulsivo de comprar na alta e vender na baixa, muitos investidores estão aproveitando o momento para realizar lucros e redirecionar seus investimentos para alternativas mais conservadoras e estáveis.

A criptomoeda atingiu o valor de US$ 123.218, consolidando sua importância no cenário econômico global, com um valor de mercado superior ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Esse crescimento expressivo despertou a atenção dos investidores, que viram na valorização uma oportunidade de rentabilizar seus portfólios.

Dados recentes da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) revelam uma tendência de resgate de recursos de fundos de Bitcoin. O fundo Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price Fundo de Índice, por exemplo, registrou saídas significativas entre os dias 8 e 16 de julho de 2025. Esse movimento indica que investidores estão liquidando suas posições em Bitcoin para alocar o capital em outros ativos.

Thomaz Fortes, diretor executivo da área de cripto e ativos digitais do Nubank, confirma essa tendência, observando um aumento expressivo na troca de Bitcoin por stablecoins, como USDT e USDC, na plataforma. Stablecoins são criptomoedas com valor atrelado a um ativo mais estável, como o dólar americano, oferecendo uma alternativa para quem busca proteção contra a volatilidade do mercado de criptoativos.

A migração para stablecoins sugere uma estratégia cautelosa por parte dos investidores brasileiros. Eles aproveitam a alta do Bitcoin para realizar lucros, mas mantêm parte de seus recursos no universo cripto, buscando a estabilidade proporcionada pelas stablecoins. Essa abordagem demonstra uma maior maturidade e conhecimento do mercado por parte dos investidores.

Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management, aponta para um movimento de realização de lucro por parte dos grandes detentores de Bitcoin, as chamadas "baleias", que estão vendendo seus ativos a preços elevados para novos investidores. Esse fenômeno contribui para a dinâmica do mercado e influencia a distribuição da riqueza no ecossistema cripto.

O comportamento do investidor brasileiro se diferencia do observado em outros países. Enquanto o fluxo institucional no exterior continua predominantemente comprador, no Brasil, o perfil mais conservador e o cenário atual da taxa de juros incentivam a busca por alternativas de investimento mais seguras e com retornos previsíveis.

O aumento na emissão de stablecoins, como USDT e USDC, também merece atenção. Esse movimento, observado por especialistas, costuma indicar a entrada de capital novo no mercado e, historicamente, precede movimentos de alta. No entanto, a recente rejeição do pacote regulatório GENIUS Act pela Câmara dos EUA, que visava regulamentar as stablecoins, gerou incertezas e pode ter influenciado a decisão dos investidores de buscar ativos mais seguros.

A analista técnica e trader Ana de Mattos observa que o Bitcoin enfrenta dificuldades para superar a resistência de curto prazo, o que pode comprometer o potencial de novas altas. Caso a criptomoeda não consiga romper essa barreira, poderá testar novamente o suporte, abrindo espaço para uma correção.

Diante desse cenário, o mercado aguarda o próximo movimento do Bitcoin, que será crucial para determinar se estamos diante de uma nova fase de valorização ou no início de um período de correção. A combinação de fatores técnicos, políticos e macroeconômicos exerce pressão sobre o mercado, tornando o futuro do Bitcoin incerto.

FONTE: INFOMONEY.BR

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