Para os que acompanharam a saga de Unnamed Memory, a conclusão da adaptação em anime dividiu opiniões. Enquanto muitos apreciaram o encerramento da história do rei apaixonado pela bruxa, outros sentiram que algo ficou faltando. Curiosamente, a própria narrativa do final causou confusão em alguns espectadores, que não perceberam a profundidade e o teor verdadeiramente feliz do desfecho para os protagonistas. Neste artigo, vamos mergulhar nos detalhes do final de Unnamed Memory, esclarecendo os pontos que podem ter passado despercebidos e oferecendo uma visão geral sobre a adaptação como um todo. Além disso, para os fãs ávidos por mais deste universo, exploraremos as curiosidades sobre um spin-off e uma continuação que expandem a história além do que vimos no anime.
A jornada de Unnamed Memory, dividida em duas partes na adaptação, narra o romance entre um rei e uma poderosa bruxa. Na primeira temporada, acompanhamos a luta do protagonista para conquistar o coração da bruxa, Tinasha. Após superar inúmeros desafios, o casal finalmente se une em matrimônio. No entanto, a felicidade é efêmera, pois o rei retorna no tempo para tentar evitar um trágico evento no passado de Tinasha, ocorrido 400 anos antes.
Nesse universo, a alteração do passado não cria linhas do tempo paralelas, mas reescreve completamente a história, apagando a realidade anterior. Ao modificar o passado, o protagonista original deixa de existir. Contudo, a jovem Tinasha, que passou um período significativo ao lado do protagonista em sua jornada inicial e foi por ele salva, desenvolve uma profunda paixão. Sabendo que ele renascerá 400 anos no futuro, ela o espera pacientemente. Ao se reencontrarem, o protagonista, sem as memórias da linha do tempo anterior, desconfia de Tinasha, que possui um conhecimento surpreendente sobre ele. Apesar da desconfiança, eles acabam se reconectando e se tornando um casal novamente.
A dinâmica do casal nesta nova realidade apresenta nuances diferentes. A Tinasha desta versão é mais infantil, pois não vivenciou os 400 anos de amadurecimento da sua contraparte anterior. O protagonista também possui traços distintos da sua versão original. Embora a maioria dos espectadores, incluindo o autor deste artigo, tenha preferido a complexidade e a dinâmica do casal da primeira temporada, a nova relação oferece um frescor à narrativa.
A segunda parte da adaptação se concentra em explicar os mistérios remanescentes da primeira temporada, incluindo a origem das esferas que permitem a viagem no tempo. Descobrimos que esses artefatos vieram de seres de outra dimensão, com capacidades que transcendem a magia deste mundo. Tinasha revela ter o poder de destruir essas esferas, e o ser por trás delas deseja exatamente isso, buscando o fim do ciclo de alterações temporais.
A família de Tinasha possui a peculiar habilidade de reter memórias das realidades alteradas, uma consequência do uso inicial das esferas por um ancestral que tentou salvar seu filho. A espada do protagonista, capaz de anular magia, também tem uma ligação com esse grupo de seres extradimensionais, tendo sido criada por uma ancestral que se casou com um rei.
No clímax da história, Tinasha e o protagonista se encontram em um lago com propriedades anti-magia, onde as esferas estão sendo destruídas. Para evitar a destruição, as esferas tentam retornar no tempo, enviando Tinasha de volta à realidade da primeira temporada. Lá, ela explica a situação ao protagonista, e juntos decidem destruir as esferas com a espada anti-magia.
A destruição das esferas acarreta um risco drástico: todas as realidades criadas pelas alterações temporais seriam apagadas, retornando ao ponto original sem nenhuma modificação. Isso significaria que o próprio protagonista deixaria de existir, pois sua mãe também havia voltado no tempo para salvá-lo. Apesar do perigo, eles prosseguem com o plano.
Em uma cena crucial, fragmentos das esferas atingem ambos os protagonistas no momento da destruição. O mundo retorna ao seu estado original, antes de qualquer alteração temporal. O protagonista, que não havia morrido no incidente em que sua mãe viu apenas a pena de uma criatura com seu sangue, mas sim capturado, é encontrado por Tinasha. Para a surpresa dela, o protagonista, mesmo em corpo de criança, demonstra reter as memórias de todos os eventos passados, incluindo a promessa que Tinasha lhe fez antes da destruição das esferas: de que se reencontrariam, não importa o que acontecesse.
A explicação para essa retenção de memórias reside nos fragmentos das esferas que os atingiram. Esses fragmentos permitiram que ambos absorvessem as memórias de todas as suas vidas e de todas as realidades criadas pelas esferas. Assim, os protagonistas da primeira e da segunda temporada se fundem em suas versões finais, carregando a bagagem de todas as suas experiências.
O final mostra os dois juntos novamente, com Tinasha provavelmente atuando como tutora do protagonista até que ele atinja a idade adulta. Uma cena final, ambientada aparentemente 15 anos depois, revela os dois como um casal. O desfecho garante um final feliz e completo, resolvendo o problema das viagens no tempo e unindo, de certa forma, todas as versões dos protagonistas.
Apesar do encerramento satisfatório, a adaptação em anime de Unnamed Memory apresentou algumas falhas. A direção foi considerada fraca, com cenas de ação e momentos dramáticos que poderiam ter sido mais impactantes. O ritmo de alguns episódios pareceu apressado, com eventos sendo introduzidos sem a devida contextualização. Além disso, a explicação de certos elementos da trama exigiu uma atenção excessiva por parte do espectador, o que levou à confusão de muitos.
Ainda assim, o anime conseguiu adaptar toda a história original, um feito raro no mundo das adaptações de light novels. Embora alguns, incluindo o autor deste artigo, pudessem ter preferido um foco maior nos personagens da primeira temporada e uma exploração mais aprofundada das outras realidades, o final entregue é coeso e oferece um fechamento para a narrativa. A ausência de um clímax de ação tradicional no final foi uma das maiores decepções, com a resolução da trama se dando mais através da explicação dos eventos do que de um confronto emocionante.
Além do Final: Spin-off e Continuação de Unnamed Memory
Para os fãs que desejam continuar explorando o universo de Unnamed Memory, há boas notícias! A novel original, composta por seis volumes (três adaptados na primeira parte do anime e os três restantes na segunda), ganhou extensões literárias.
Babel: Um spin-off de quatro volumes que transporta uma garota do Japão para o mundo de Unnamed Memory, explorando uma premissa isekai dentro deste universo. Uma aparição rápida desta personagem pode ser notada no final do anime, servindo como um easter egg para os leitores das novels.
After the End: Uma continuação direta de Unnamed Memory, focando nos protagonistas que vimos no final do anime. Ambientada em um mundo onde as alterações temporais não são mais possíveis, a história acompanha Oscar e Tinasha em sua jornada para caçar os diversos objetos deixados no mundo pelos seres extradimensionais. Uma característica interessante é a imortalidade dos protagonistas. Devido ao sangue de bruxa de Oscar e à natureza de Tinasha como bruxa, eles atingem uma certa idade e se tornam imortais. Mesmo que morram, reencarnam anos depois, recuperando suas memórias e se reencontrando, garantindo que seu laço dure para sempre.
Em conclusão, Unnamed Memory entregou um final que, apesar de suas peculiaridades narrativas, oferece um encerramento para a saga de Oscar e Tinasha. Para aqueles que se sentiram órfãos da história, as continuações literárias prometem expandir ainda mais este mundo fascinante e aprofundar o destino de seus amados protagonistas.