A nova temporada de animes de abril de 2025 chegou com tudo, e hoje vamos falar sobre Supercube (ou Supercubo), uma das estreias mais comentadas até agora. Desde o trailer, o anime chamou bastante atenção pela qualidade visual absurda de algumas cenas, mas também levantou um alerta: será que o resto da produção manteria o mesmo nível? Pois bem, já dá pra dizer que... não exatamente.
O primeiro episódio de Supercube começa com tudo! Os cinco primeiros minutos são simplesmente insanos, com cenas de ação fluidas, cheias de detalhes, coreografias de luta impressionantes e uma vibe visual que lembra muito Matrix. A sequência do beco, em especial, é de cair o queixo — parece trabalho da ufotable, tamanha a qualidade.
A cena em questão mostra uma garota em fuga, sendo orientada por telefone, enquanto tenta escapar de seus perseguidores. Os efeitos digitais e o clima misterioso são intensos, quase como se estivessem em um mundo simulado. Uma sequência de ação alucinante acontece e somos apresentados a um personagem misterioso que ajuda essa garota — e desaparece logo em seguida.
Esse começo é o que segura o público. É o tipo de abertura que faz todo mundo comentar na internet. Mas... é também aí que mora o perigo.
Depois desse início promissor, o anime rapidamente muda de ritmo e estilo visual. A partir do momento em que entramos no "presente" da história, a animação perde muito da sua qualidade. Os designs ficam mais simples, as cenas menos fluidas e a direção visual mais comum. A impressão é de que o início foi feito por um animador estrela — e o resto, pelo estúdio base, que é visivelmente mais limitado.
Esse contraste é brutal. Parece até que estamos assistindo a outro anime. E não é só impressão: o estúdio responsável tem esse histórico de "enganar" com trailers muito bem produzidos que destacam cenas isoladas, criadas por animadores excepcionais, enquanto o restante da obra mantém um padrão bem mais modesto.
A história gira em torno de um protagonista que vive com a amiga de infância — por quem é apaixonado — e que acaba ganhando poderes especiais após encontrar um cubo misterioso que caiu do céu. Esse cubo permite que ele evolua, ganhando atributos, habilidades e se tornando cada vez mais forte, em um estilo que lembra bastante Solo Leveling.
O romance se desenvolve surpreendentemente rápido: já no primeiro episódio, ela confessa que gosta dele, e os dois começam um relacionamento sem muita enrolação. Mas claro, nem tudo é tão simples — um membro de uma gangue também gosta dela e começa a ameaçar o protagonista, o que leva a uma sequência de eventos culminando no encontro com o cubo.
A partir daí, o protagonista passa a usar seus novos poderes para protegê-la e enfrentar seus inimigos.
Um detalhe importante é que o anime tem uma pegada bem típica de produções chinesas: humor fora de hora. Em meio a cenas sérias e tensas, do nada aparece uma piadinha ou careta que quebra completamente o clima. Isso pode incomodar quem curte uma narrativa mais séria e consistente.
Também há momentos de aventura em cavernas e busca por cristais raros, que lembram muito RPGs e obras chinesas com foco em cultivo e evolução individual.
A abertura atual do anime é basicamente um AMV — uma montagem de cenas já vistas ou que ainda vão aparecer no anime, com um filtro estilizado e uma música animada. Aparentemente, existe uma versão oficial da abertura (solta na internet), com animações criadas especificamente para ela, mas talvez tenham optado por não usá-la ainda por conter spoilers.
O personagem misterioso do começo? Há uma teoria interessante rolando: ele seria o próprio protagonista no futuro, que voltou no tempo com os poderes do cubo para tentar mudar o destino da garota que ele ama. A cena do relógio que ele entrega a ela parece ser uma pista importante disso.
Ainda não sabemos se essa teoria vai se confirmar, mas é um mistério que está deixando o público curioso.
Apesar da queda brusca de qualidade depois do primeiro ato, Supercube ainda consegue divertir. Tem ação em todos os episódios, um romance que avança de verdade e um enredo que, apesar de clichê em partes, tem seu charme. É o tipo de anime que pode agradar fãs de Solo Leveling, desde que estejam preparados para uma experiência menos consistente.
Se você curte ação, evolução de personagem estilo RPG, e não se importa tanto com oscilações visuais, Supercube vale uma chance.