Nico Robin, a arqueóloga dos Piratas do Chapéu de Palha, é uma figura central e enigmática na saga de One Piece. Sua importância transcende a mera força de combate, residindo em seu conhecimento único sobre os Poneglyphs, as misteriosas pedras que guardam a chave para desvendar o Século Perdido e, consequentemente, o caminho para o lendário One Piece.
Antes de se juntar à tripulação de Luffy, Robin era conhecida como Miss All Sunday, a astuta e calculista braço direito de Crocodile na organização Baroque Works. Inicialmente, sua adesão aos Chapéus de Palha parecia uma mera busca por abrigo após a queda de Crocodile. No entanto, ao lado de Luffy e seus companheiros, Robin encontrou laços de amizade genuínos e experimentou momentos inesquecíveis, transformando sua visão de mundo e seu propósito de vida.
Uma Recompensa Precoce e Injusta
A história de Robin é marcada por uma profunda injustiça. Ainda criança, ela recebeu uma recompensa astronômica pela Marinha, um evento raro que geralmente se reserva a criminosos experientes e perigosos. O título de "Criança Demônio" e a recompensa de 79 milhões de Berries foram o resultado de uma manipulação cruel do Governo Mundial.
A verdade por trás dessa perseguição implacável é que Robin era a última sobrevivente de Ohara, uma ilha de arqueólogos que ousaram desafiar a narrativa oficial do Governo sobre o Século Perdido. Para silenciar a verdade e impedir que Robin compartilhasse esse conhecimento com o mundo, o Governo Mundial orquestrou um massacre em Ohara e a incriminou pela destruição da ilha.
Alvo das Forças Mais Poderosas do Mundo
O conhecimento de Robin sobre os Poneglyphs a torna um alvo de grande valor tanto para o Governo Mundial quanto para os Yonkou, os quatro imperadores do mar. O Governo busca erradicar qualquer vestígio do passado, enquanto os Yonkou anseiam por desvendar os segredos dos Road Poneglyphs, que indicam a localização de Laugh Tale, a ilha onde o One Piece está escondido.
Embora existam outras civilizações com a capacidade de ler as inscrições antigas, como a Tribo dos Três Olhos e o clã Kozuki, suas circunstâncias atuais as tornam menos acessíveis ou menos desenvolvidas nessa habilidade. Charlotte Pudding, descendente da Tribo dos Três Olhos, ainda não dominou a leitura dos Poneglyphs, e Sukiyaki, o único Kozuki vivo capaz de decifrá-los, permanece isolado em Wano. Isso consolida a posição de Robin como a única pessoa capaz de decifrar a rota para o grande tesouro, intensificando a perseguição implacável que a assombra.
A Fruta Hana Hana e suas Vulnerabilidades
Robin possui os poderes da Hana Hana no Mi (Fruta da Flor), uma Paramecia que lhe permite brotar partes do seu corpo em qualquer superfície sólida. Essa habilidade oferece uma versatilidade tática impressionante, permitindo que ela crie redes de braços para imobilizar oponentes ou estenda sua visão e audição para espionagem.
No entanto, a Hana Hana no Mi também possui uma fraqueza significativa: todas as partes clonadas compartilham as sensações de toque com o corpo principal de Robin, incluindo a dor física. Se um oponente danificar seus braços clonados, Robin sentirá a dor diretamente. Essa vulnerabilidade se estende aos efeitos de outras Akuma no Mi transmitidos pelo toque, como demonstrado quando Sugar a transformou em brinquedo ao tocar em um de seus braços.
Mestre da Espionagem e Sobrevivência
A habilidade de Robin em espionar territórios é notável. Ela pode brotar seus olhos e ouvidos em locais estratégicos, observando e ouvindo sem ser detectada. Essa habilidade, que começou como um desejo infantil de espionar a biblioteca do Professor Clover em Ohara, se tornou uma necessidade para sua sobrevivência.
Após a destruição de Ohara, Robin viveu em constante fuga, sendo traída por aqueles que lhe ofereciam abrigo. Para evitar ser capturada, ela aprendeu a se esconder, a ler as intenções das pessoas e a se infiltrar em organizações criminosas. Essa experiência aprimorou suas habilidades de espionagem e a tornou uma especialista em sobrevivência, preparando-a para os desafios que enfrentaria ao lado dos Chapéus de Palha.
Karatê Homem-Peixe e o Mil Fleur
Durante seu treinamento de dois anos com o Exército Revolucionário, Robin dominou o Karatê Homem-Peixe, um estilo de luta que utiliza a força da água para potencializar os golpes. Koala a ensinou as técnicas básicas, enquanto Sabo a instruiu a canalizar sua energia nas palmas das mãos.
Para compensar sua falta de força física em comparação com outros lutadores experientes, Robin desenvolveu o Mil Fleur, uma técnica que multiplica seus braços e pernas em milhares de cópias, criando membros gigantes. Essa combinação do Karatê Homem-Peixe com o Mil Fleur permite que Robin gere uma força destrutiva considerável, capaz de danificar estruturas sólidas e oponentes resistentes, como a formidável Black Maria.
Mudança na Aparência e Detalhes Curiosos
A aparência de Robin sofreu uma mudança notável ao longo da série. Antes do timeskip, ela era retratada com uma pele morena, mas após o retorno dos Chapéus de Palha ao Novo Mundo, sua pele se tornou mais clara. Alguns fãs especulam que essa mudança se deve ao clima frio de Tequila Wolf, onde ela passou um período de treinamento. A Toei Animation também pode ter ajustado a cor de sua pele para se aproximar da representação no mangá, onde Robin tem um tom de pele mais caucasiano nas capas coloridas.
Além disso, a cor dos olhos de Robin também difere entre o mangá e o anime. No mangá, seus olhos são castanhos, enquanto no anime foram alterados para azul. Apesar de alguns filmes do anime retratarem seus olhos castanhos, a Toei optou por manter a cor azul na série principal.
Aniversário e Substituição de Personagem
O aniversário de Robin, 6 de fevereiro, é um trocadilho com as primeiras sílabas de seu nome e sobrenome em japonês. "Ni" deriva do número 2, e "Ro" deriva do número 6, formando o padrão 2-6 quando combinados. Curiosamente, sua mãe, Nico Olivia, também faz aniversário no mesmo dia.
Em One Piece Green: Peças Secretas, o quarto databook da série, foi revelado que Robin substituiu um personagem masculino na formação original dos Chapéus de Palha. Eiichiro Oda havia criado um pirata botânico, mas o descartou para incluir Robin. A paixão por botânica desse personagem influenciou as novas artilharias de Usopp após o timeskip.
Oda se Identifica com Robin
Oda, o criador de One Piece, revelou que, se pudesse ser qualquer personagem de mangá, ele escolheria Robin. Sua rotina de trabalho é intensa, e ele enfrenta constantemente prazos e pressões. Oda acredita que, se pudesse criar braços extras como Robin, ele seria capaz de desenhar muito mais rápido, superando suas limitações humanas.
A Confusão do Cinco Fleur
A técnica Cinco Fleur de Robin gerou uma certa confusão entre alguns fãs japoneses, pois a pronúncia de "Cinco" soava como "Chinko", que significa o órgão genital masculino. Oda abordou essa questão no SBS 43, com seu humor característico, brincando com a possibilidade de Robin atacar o "Chinko" de seus oponentes.