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"Moonrise" da Netflix e Wit Studio: Uma Promessa Não Cumprida em Meio ao Espaço

19-04-2025

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A colaboração entre a Netflix e o renomado Studio Wit, conhecido por obras aclamadas, gerou grande expectativa em torno do anime original "Moonrise". No entanto, a promessa de uma narrativa espacial envolvente e visualmente impressionante parece ter se dissipado em uma execução problemática, resultando em uma obra com história e enredo aquém do esperado.

A premissa inicial de "Moonrise" carregava potencial: em um futuro onde humanos colonizaram a Lua, dois homens com ideais opostos se encontram em meio a um conflito crescente entre a Terra e o satélite natural. Essa dicotomia entre os protagonistas, aliada ao cenário espacial, abria caminho para explorar temas complexos como identidade, liberdade e as consequências da expansão humana.

Contudo, a narrativa desenvolvida ao longo dos 18 episódios disponibilizados simultaneamente pela Netflix demonstra uma fragilidade estrutural significativa. A história se desenvolve de maneira arrastada, com momentos de ritmo lento que não contribuem para a progressão da trama ou para o aprofundamento dos personagens. A sensação é de que a série se perde em digressões e subtramas que não se conectam de forma coesa ao arco principal, diluindo o impacto da narrativa central.

O enredo de "Moonrise" sofre de inconsistências e falta de clareza em seus objetivos. As motivações de alguns personagens parecem nebulosas ou mal definidas, dificultando a empatia e o investimento emocional do espectador em suas jornadas. As reviravoltas, que deveriam adicionar tensão e imprevisibilidade, muitas vezes soam forçadas ou mal justificadas, minando a credibilidade da história.

A exploração do conflito entre a Terra e a Lua, que deveria ser um dos pilares da narrativa, acaba sendo superficial. As complexidades políticas, sociais e econômicas que impulsionam essa tensão não são exploradas com a profundidade necessária para gerar um senso de urgência ou para apresentar diferentes perspectivas de forma convincente. O resultado é um cenário de conflito que parece servir apenas como pano de fundo para as ações dos protagonistas, sem uma análise mais aprofundada de suas causas e consequências.

Apesar da reputação do Studio Wit em entregar animações de alta qualidade visual, "Moonrise" apresenta uma inconsistência notável em sua estética. Embora existam momentos de beleza e fluidez na animação, especialmente em algumas sequências de ação, outros momentos sofrem com uma qualidade inferior, com modelos de personagens e cenários que parecem menos detalhados e com movimentações menos fluidas do que o esperado de um estúdio com o histórico do Wit.

A decisão da Netflix de lançar todos os 18 episódios de uma vez pode ter contribuído para a percepção negativa da série. A falta de um lançamento semanal privou a obra da oportunidade de gerar discussões e teorias ao longo do tempo, o que poderia ter ajudado a manter o interesse do público, mesmo diante de algumas falhas narrativas. A maratona, nesse caso, pode ter exposto de forma mais contundente as deficiências da história e do enredo.

Em suma, "Moonrise", apesar da promissora parceria entre a Netflix e o Studio Wit, revela-se uma obra com uma história e um enredo que não atingem o potencial de sua premissa inicial. A narrativa arrastada, as inconsistências do enredo, a superficialidade na exploração do conflito e a irregularidade na qualidade da animação contribuem para uma experiência aquém do esperado. "Moonrise" serve como um lembrete de que um estúdio renomado e uma plataforma de alcance global não garantem, por si só, uma obra memorável, especialmente quando a base da narrativa carece da solidez necessária para sustentar uma série de 18 episódios.

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