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Hércules Profanado! Deuses Gregos Revoltados com "Heresia" da Disney!

01-07-2025
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Amante dos filmes de fantasia e da Beyonce. Está sempre disposta a trocar tudo por uma sitcom ou uma maratona de Game Of Thrones.

A animação "Hércules", lançada pela Disney em 1997, marcou a infância de muitos que cresceram nos anos 90. No entanto, a adaptação da famosa lenda grega, com suas cores vibrantes, humor peculiar e reviravoltas inesperadas, nem sempre encontrou aprovação, especialmente no berço da própria história: a Grécia.

Revisitar lendas, eventos históricos ou a cultura de um país estrangeiro é uma prática comum na indústria cinematográfica. Oferece um terreno fértil para a criatividade, mas também representa um desafio delicado. Quando a adaptação se distancia demais da essência original, o resultado pode desagradar profundamente aqueles que se sentem mais conectados à história.

Um exemplo recente disso é o filme "Assassinos da Lua das Flores", de Martin Scorsese. Apesar dos elogios recebidos, também foi alvo de críticas por parte de membros da comunidade indígena, que expressaram desconforto com a representação de seu povo na tela.

A própria Disney, ao longo de sua história, enfrentou situações semelhantes. Embora tenha avançado em direção a representações culturais mais precisas e respeitosas, como em "Viva - A Vida é Uma Festa" e "Encanto", outras produções como "Pocahontas" e "A Princesa e o Sapo" foram criticadas por perpetuarem estereótipos e imprecisões históricas.

No final da década de 1990, em um período de grande sucesso com filmes como "A Pequena Sereia", "A Bela e a Fera" e "Aladdin", a Disney decidiu recontar a lenda de Hércules. O filme resultante, repleto de elementos modernos e humorísticos, apresentou um Hércules com sua própria linha de tênis, um Hades fumando charuto e as Musas cantando gospel. Essa abordagem irreverente, embora divertida para muitos, não agradou a todos, especialmente na Grécia.

A ousadia criativa da Disney, que permitiu que "Hércules" se tornasse um entretenimento agradável para grande parte do público, foi vista com desaprovação por alguns na Grécia. Jornais locais da época relataram que o governo grego negou o pedido da Disney para exibir o filme ao ar livre na Colina de Pnyx, um local histórico em Atenas.

A mídia e o público grego expressaram sua indignação com a representação da lenda. Um artigo de jornal da época criticava a situação como "mais um exemplo de estrangeiros distorcendo nossa história e cultura simplesmente para atender a seus interesses comerciais". A indignação se intensificava com a ideia de que Pnyx Hill, um símbolo da história grega, seria usado como plataforma para aumentar ainda mais os lucros da Disney.

Apesar da controvérsia, "Hércules" alcançou sucesso comercial e de crítica, arrecadando milhões de dólares e recebendo aprovação da maioria dos críticos. O filme permanece disponível no catálogo do Disney+, junto com outras animações da Disney que também geraram debates sobre representação cultural.

A história de "Hércules" serve como um lembrete de que adaptar lendas e histórias de outras culturas é uma tarefa delicada. Embora a liberdade criativa seja essencial para a produção de um filme, é importante considerar o impacto que a obra pode ter sobre aqueles que se identificam com a história original. O equilíbrio entre entretenimento e respeito cultural é fundamental para evitar controvérsias e garantir que a adaptação seja bem recebida em todo o mundo. A ousadia de "Hércules" pode ter gerado polêmica, mas também abriu um debate importante sobre a responsabilidade na adaptação de histórias culturais.

FONTE: ADOROCINEMA

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