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GameFi Ressurge das Cinzas: Bitcoin com "G" Gigante, Batalhas de Alto Risco e a Inesperada Entrada de Trump no Metaverso

17-04-2025

Preparem seus avatares e carteiras digitais, pois o GameFi, o setor que une jogos e finanças descentralizadas, parece estar ensaiando um retorno triunfal. Após a primeira onda em 2021, impulsionada pelo fenômeno Axie Infinity, o conceito de tokenização dentro de jogos está novamente chamando a atenção da comunidade cripto. Will e Iron Man, do Blockrunner Metazone, junto com Robey e Mscribe, mergulharam fundo nesse renascimento promissor.

Para quem viveu a primeira temporada do GameFi, a ascensão de Axie Infinity foi um evento sísmico. Pela primeira vez, a ideia de incorporar tokens e NFTs com utilidade dentro de um jogo ganhou tração massiva. Criaturas digitais colecionáveis, com atributos únicos que podiam ser aprimorados através da reprodução estratégica, formaram a base de uma microeconomia vibrante. O modelo "Play to Earn" (jogar para ganhar) incentivou milhões de pessoas a participar, chegando a sustentar economias inteiras em países como as Filipinas.

No entanto, vozes de alerta soaram, prevendo a insustentabilidade do modelo, comparando-o a um gigantesco esquema Ponzi. A euforia do momento, com milhões de jogadores lucrando, inicialmente silenciou esses avisos. Infelizmente, o tempo provou que os críticos estavam certos, e a bolha do GameFi de 2021 estourou, resultando em perdas bilionárias no setor Web3. Essa queda, paradoxalmente, serviu como um catalisador para a inovação, impulsionando o desenvolvimento de modelos de jogos mais sustentáveis para a próxima era do GameFi.

Quatro anos depois, o cenário parece estar se transformando novamente. Dois projetos em particular estão gerando burburinho na comunidade: Bitcoin (com "G" gigante) e Cambria.

Bitcoin (com "G" gigante): Uma Sátira Ponzística com Mecânicas Familiares

Bitcoin.tech apresenta uma proposta no mínimo curiosa: um "jogo" de simulação on-chain que mimetiza o funcionamento do próprio Bitcoin. Ao adquirir um "quarto" virtual por cerca de 7 dólares, os jogadores podem "comprar" mineradores e hospedá-los em instalações digitais para "minerar" a moeda Big ($BIG).

O whitepaper, ironicamente familiar, com apenas quatro páginas, detalha a distribuição e o halving do token, que segue um cronograma muito mais condensado que o Bitcoin original. A recompensa por bloco é de 2.3 $BIG, e o halving ocorre a cada 4.2 milhões de blocos, o que, com um tempo médio de bloco de 1.1 segundos, representa aproximadamente 53.5 dias.

Lançado há poucas semanas, o projeto já passou por um ciclo de alta e uma correção significativa, levantando o eterno debate sobre sua sustentabilidade. A semelhança com a tokenomics do Bitcoin, um modelo comprovadamente funcional (pelo menos até certo ponto), levanta a questão se essa "paródia Ponzi" digital pode replicar o sucesso, ainda que em uma escala temporal menor.

A mecânica do jogo é simples: investir Bitcoin (o original) para fazer upgrades em suas instalações de mineração virtuais e aumentar sua capacidade de "minerar" $BIG. A ironia reside no fato de que, assim como no Bitcoin, aqueles com mais capital inicial tendem a acumular mais recompensas. A longevidade do projeto dependerá da dinâmica do mercado e da capacidade de manter o interesse dos novos entrantes.

Por trás do Bitcoin com "G" gigante está "Big Toshi", uma figura enigmática que descreve o projeto como uma versão do Bitcoin para a nova geração. A ideia é aproveitar o ethos do Bitcoin, mas com alavancas de crescimento iniciais como adições de mineradores, upgrades de instalações e ajustes de preço. A possibilidade de surgimento de novas tecnologias de mineração virtual dentro do jogo adiciona uma camada interessante, embora a forma como essas tecnologias serão implementadas e seu impacto na economia do jogo ainda sejam incertos.

Apesar do burburinho inicial e de um pico de capitalização de mercado considerável, o token $BIG já experimentou uma correção acentuada, um padrão familiar em projetos com essa natureza. A comunidade Abstract, onde o projeto foi lançado, debate se a plataforma deveria endossar abertamente um projeto com características tão явные de esquema Ponzi.

A honestidade brutal por trás de projetos como o Bitcoin com "G" gigante reflete uma tendência crescente no espaço cripto, onde a transparência sobre a natureza especulativa de certos projetos se torna mais comum. A expectativa geral é de uma eventual queda agressiva no preço, mas o momento exato é incerto. A participação, portanto, é um jogo de alto risco com plena consciência das regras.

Cambria: Um MMORPG de Alto Risco com Recompensas em USDC

Em um contraste com a simplicidade satírica do Bitcoin com "G" gigante, Cambria surge como um MMORPG com elementos PvP e PvE, construído inicialmente na rede Ronin e recentemente integrado à Abstract. O projeto já demonstra números impressionantes, com uma média de 3.000 jogadores ativos e mais de 740.000 dólares gastos em compras de itens em menos de 48 horas.

Cambria se alinha mais com a demografia "degen" (degenerada) do espaço cripto, permitindo que os jogadores apostem em batalhas PvP, arriscando seus próprios ativos. Essa mecânica de "ganhar ao derrotar e tomar o loot" adiciona uma camada de risco e recompensa visceral ao jogo. Para participar da "Temporada 2" de Cambria, os jogadores precisam adquirir um "charter" por menos de 50 dólares e pagar uma taxa de acesso de aproximadamente 30 a 50 dólares por uma temporada de 14 dias.

O diferencial de Cambria reside em seu modelo econômico. Quase todo o ETH ou RON gasto no jogo (com algumas exceções) é direcionado para um prêmio principal. Quanto mais jogadores participam ativamente da temporada, maior se torna esse prêmio. Ao final da temporada, 90% das moedas mantidas pelos jogadores (com um mínimo de 10 USDC para saque) são convertidas em recompensas em USDC, enquanto 5% são destinados a recompensas por relatórios de bugs críticos. Esse modelo redistributivo, onde a maior parte do valor gasto pelos participantes retorna para a própria comunidade de jogadores, contrasta com a natureza puramente extrativa de muitos projetos de meme coins.

A possibilidade de escolher diferentes "verticais de extração" dentro do jogo, como jogador solo, membro de guilda, líder de guilda, vice-rei, pagador ou até mesmo criador de conteúdo, diversifica as formas de participação e recompensa, atraindo um público mais amplo. Aqueles que não desejam se envolver em combates PvP de alto risco podem focar em atividades PvE, como agregação de recursos, crafting e fornecimento de bens ao mercado. O objetivo final é acumular o máximo de "prata" (a moeda do jogo) ao final da temporada, pois é com base nessa posse que as recompensas em USDC são distribuídas.

A Inesperada Entrada de Trump no Mundo dos Jogos Web3

Em um desenvolvimento surpreendente, o ex-presidente Donald Trump também parece estar de olho no espaço dos jogos Web3. Anúncios recentes indicam que seu mais recente empreendimento cripto será um videogame imobiliário, seguindo os passos de seu jogo "Trump the Game" lançado em 1989.

Essa incursão no universo dos jogos digitais com ativos tokenizados se soma a uma crescente lista de empreendimentos cripto ligados a Trump e sua família, incluindo coleções de NFTs, meme coins e projetos de finanças descentralizadas e mineração de Bitcoin. A entrada de uma figura tão polarizadora no mercado de meme coins já foi vista por muitos como um sinal de pico. Sua entrada no setor de jogos Web3, um setor ainda em busca de seu "product market fit", poderia catalisar um novo nível de interesse e adoção?

Considerando a interconexão entre jogos e metaverso, e a existência de terras digitais em plataformas como Bitcoin (o original), a estratégia da "Trump cabal" parece ser uma penetração máxima em todos os setores da Web3, testando o que gera maior tração. Para o setor GameFi, que busca um modelo de negócios sustentável, essa atenção repentina, mesmo que controversa, pode gerar uma curiosidade renovada e incentivar mais pessoas a explorar os jogos Web3 existentes.

O Potencial Inexplorado do GameFi: Servindo uma Demografia Carente

O grande potencial do GameFi reside na sua capacidade de atender a uma demografia amplamente marginalizada no espaço cripto: aqueles que não possuem grandes quantias de capital para apostar no cassino das meme coins. O modelo de bolsas de estudo (scholarships) popularizado por Axie Infinity demonstrou como pessoas com tempo, um recurso valioso, podem participar e lucrar em ecossistemas de jogos Web3, mesmo sem um investimento inicial significativo.

À medida que o GameFi evolui e novos modelos econômicos são testados, como o redistributivo de Cambria, a promessa de uma economia digital mais inclusiva e acessível se torna mais tangível. A combinação de entretenimento e oportunidades de ganho real tem o potencial de atrair uma nova onda de usuários para o universo das criptomoedas, impulsionando a adoção e a inovação em todo o ecossistema. Resta acompanhar de perto os próximos capítulos dessa saga e ver se o GameFi realmente ressurgirá para transformar o cenário dos jogos e das finanças digitais.

FONTE: TheBlockRunner

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