A data de lançamento de Digimon Story Time Stranger foi recentemente revelada durante um evento da PlayStation, marcando o tão esperado retorno da franquia para outubro. No entanto, junto com a celebração, uma notícia pegou os fãs de surpresa: as versões para PlayStation 5 e Xbox Series X|S serão limitadas a 30 quadros por segundo (FPS), enquanto a versão para PC poderá alcançar os desejados 60FPS.
A decisão causou espanto na comunidade, especialmente considerando o histórico de jogos Digimon Story e o fato de que o novo título está sendo lançado apenas para consoles da geração atual. Afinal, por que impor um limite tão drástico aos consoles mais poderosos do mercado?
Durante a Summer Game Fest, tivemos a oportunidade de testar Digimon Story Time Stranger e conversar com o produtor Ryosuke Hara sobre o jogo. A questão dos 30FPS versus 60FPS era um tema quente, então aproveitamos a chance para questionar a decisão de limitar as versões de console.
Hara explicou que a opção de 60FPS foi considerada, mas a equipe de desenvolvimento concluiu que 30FPS era a melhor escolha para garantir que o maior número possível de Digimon pudesse ser exibido nos cenários.
"Isso foi muito importante durante o desenvolvimento do jogo", disse Hara. "O jogo é muito bonito, e há muitos Digimon nos mapas se movendo. Vocês viram Central Town, onde provavelmente existem centenas de Digimon."
Hara reconheceu os pedidos por 60FPS dentro e fora dos jogos Digimon, mas reiterou que o limite de 30FPS foi escolhido para criar uma "experiência Digimon mais imersiva".
"Sim, 60FPS é obviamente algo importante para um jogo, mas nós realmente queríamos focar no cenário mundial e na imersão de estar nesse mundo. Nós pesamos os dois, o aspecto de imersão e 60 versus 30FPS, e decidimos optar pela experiência Digimon mais imersiva em vez das taxas de quadros."
A explicação pode não ser suficiente para acalmar os ânimos dos jogadores de console que anseiam por 60FPS. No entanto, para corroborar o argumento de Hara sobre Central Town, o mundo realmente pareceu muito vivo durante a demonstração.
A cidade estava repleta de Digimon seguindo suas rotinas, criando uma sensação de um ecossistema vibrante. A maneira mais rápida de se locomover era montando em um Digimon, permitindo que você voasse e visse inúmeros outros Digimon vivendo suas vidas.
Embora o tempo disponível para a demonstração não tenha permitido muitas interações com esses Digimon, foi possível perceber a profundidade do mundo do jogo, com seus ambientes lotados de personagens e atividades.
A decisão de limitar o FPS em consoles pode ser controversa, mas a equipe de desenvolvimento parece ter priorizado a densidade e a imersão do mundo de Digimon Story Time Stranger. Resta saber se essa escolha será bem recebida pelos jogadores quando o jogo for lançado em 3 de outubro para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. Afinal, a beleza de um mundo vibrante compensará a falta de fluidez nos consoles? O tempo dirá.