A adaptação animada de "DAN DA DAN" continua a impressionar, elevando o nível de adaptações de mangás com sua energia singular e fidelidade à obra original. O episódio 16, que encerra o arco do "Verme da Morte Mongol/Olho Maligno", demonstra a capacidade do estúdio Science SARU de não apenas honrar o material de origem, mas aprimorá-lo com as vantagens únicas da animação.

Desde a primeira cena, a paleta de cores vibrantes que ilumina o horizonte em chamas, com um vulcão ameaçando a vida na aldeia, estabelece o tom do episódio. Sob a superfície da jornada romântica de Okarun e Momo, reside uma mistura explosiva de situações insanas, prontas para entrar em erupção a qualquer momento.

O episódio anterior focou no confronto entre Okarun e Jiji, possuído pelo Olho Maligno. Agora, é a vez de Momo brilhar, usando sua inteligência e poderes psíquicos para resolver o problema do vulcão. A solução? Utilizar o cadáver do verme da morte como um gigantesco canhão de água, jorrando água sobre o fluxo de magma até que o dia seja salvo.

Apesar do plano engenhoso, Momo enfrenta desafios adicionais: uma família de fanáticos religiosos e um demônio descontrolado usando o corpo de Jiji para causar caos. É nesse ponto que o episódio atinge seu ápice, silenciando qualquer dúvida sobre a capacidade da série de escalar o absurdo.

O que torna este arco tão cativante é a forma como ele entrelaça elementos estabelecidos nos episódios anteriores, reunindo-os para deter o Olho Maligno e o vulcão. Quase todos os personagens importantes das histórias passadas aparecem para ajudar Momo a salvar o dia.

O monge "BooTuber" do primeiro episódio, revelado como aprendiz de Seiko, presta auxílio crucial na luta contra o clã Kito, além de repreender a Vovó Ayase por suas falhas de comunicação. Seiko surge montada em Taro, o modelo anatômico erótico, descendo do raio trator de uma nave espacial pilotada pelo alienígena caranguejo-boxeador e seu filho.

A combinação do poder de soco do Caranguejo, da pilotagem do Caranguejinho, dos cantos dos médiuns e da transformação de Taro em uma jaula humana para conter Jiji demonstra a habilidade da série em coordenar diversos elementos sem comprometer a qualidade da produção.

Apesar de toda a ação e espetáculo, "DAN DA DAN" guarda seu melhor momento para o final: a reunião de Momo e Okarun. Após demonstrar sua fé em Momo, Okarun tropeça e cai em seus braços. Em vez da típica reação "tsundere", Momo simplesmente se entrega ao abraço de Okarun, transbordando de alegria.

Essa cena subverte os clichês, demonstrando a profundidade do afeto entre os dois. Se "DAN DA DAN" terminasse ali, com apenas dezesseis episódios, já se consagraria como uma das melhores adaptações de mangá da Shonen Jump de todos os tempos.

A produção mantém um alto padrão de qualidade, o que não surpreende, mas continua impressionando. Atualmente, nenhuma outra produção consegue entregar um espetáculo com tamanha energia e impacto. A adaptação é um forte candidato a um dos melhores animes de todos os tempos, e a perspectiva de mais episódios é motivo de celebração.