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Cavaleiros do Zodíaco na Netflix: Nostalgia ou Heresia?

10-05-2025
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A notícia de uma nova adaptação de "Os Cavaleiros do Zodíaco" pela Netflix gerou reações mistas. Enquanto alguns fãs, incluindo este que vos escreve, se animaram com a perspectiva de reviver a saga, outros se mostraram céticos, temendo uma descaracterização da obra original.

Para quem não conhece a história, "Os Cavaleiros do Zodíaco" é um anime baseado no mangá de Masami Kurumada. A trama gira em torno da deusa Atena, que reencarna a cada século para proteger a Terra, e dos Cavaleiros, guerreiros com poderes cósmicos que a defendem. Cada Cavaleiro é associado a uma constelação, vestindo armaduras sagradas.

Mas por que a nova versão da Netflix gerou tanta controvérsia? Tentarei analisar os pontos positivos e negativos desta adaptação, do ponto de vista de um fã de longa data.

Um dos maiores acertos da Netflix foi trazer de volta muitos dos dubladores originais. Ouvir as vozes que marcaram a infância de muitos é um presente para os fãs. Além disso, a narrativa é ágil, sem enrolações, o que pode agradar a novos espectadores. A animação em 3D, embora cause estranhamento no início, não compromete a experiência. E, surpreendentemente, o uso de memes na dublagem brasileira é bem dosado, funcionando em alguns momentos de forma inesperada.

Por outro lado, a nova versão peca em alguns aspectos. Para acelerar a história, muitas cenas foram cortadas ou comprimidas, dando a impressão de que a trama avança rápido demais. A violência, presente na animação original, foi praticamente eliminada, o que pode decepcionar quem esperava combates mais intensos.

A maior polêmica, sem dúvida, é a mudança de gênero do Cavaleiro de Andrômeda, Shun, que na nova versão é uma garota. Entendo o apelo da representatividade, mas essa alteração pareceu desnecessária e forçada. Muitos fãs, inclusive eu, sentiram que a mudança comprometeu a essência do personagem.

Shun, na obra original, era um cavaleiro sensível e pacifista, muitas vezes ridicularizado por sua natureza gentil. Ele representava a força que reside na diferença, mostrando que um guerreiro não precisa ser agressivo para ser poderoso. Ao transformar Shun em uma garota, a Netflix parece ter cedido a um estereótipo, como se a sensibilidade fosse uma característica exclusivamente feminina.

Em resumo, a nova versão de "Os Cavaleiros do Zodíaco" na Netflix é uma adaptação com seus altos e baixos. Ela busca atrair uma nova geração de fãs, modernizando a história e adaptando-a aos novos tempos. No entanto, ao fazê-lo, a Netflix sacrifica alguns elementos importantes da obra original, o que pode decepcionar os fãs mais antigos.

É importante entender que esta nova versão não foi feita exclusivamente para os fãs que cresceram assistindo "Os Cavaleiros do Zodíaco" na TV Manchete. A Netflix mira em um público mais amplo, que talvez nunca tenha ouvido falar de Seiya, Shiryu e companhia.

"Knights of the Zodiac: Saint Seiya", como é chamado na plataforma, é uma porta de entrada para um universo rico e complexo. Se você busca uma experiência nostálgica e fiel à obra original, talvez seja melhor revisitar o anime clássico. Mas se você está disposto a dar uma chance a uma nova interpretação, "Knights of the Zodiac" pode te surpreender. Afinal, Atena renasce a cada 100 anos, e com ela, a esperança de um mundo melhor. Esta adaptação é apenas mais um renascimento, uma nova forma de apresentar a saga dos Cavaleiros a uma nova geração.

FONTE: AFICIONADOS.BR

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