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Axioma Vetite: Mergulhe no Dark Fantasy Nacional Inspirado em Berserk e Lovecraft

01-05-2025

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Para os apreciadores de narrativas sombrias, combates viscerais e universos repletos de mistérios, o cenário brasileiro de quadrinhos apresenta uma joia promissora: Axioma Vetite. Este mangá independente, conforme apresentado em uma análise em vídeo, bebe de fontes consagradas do dark fantasy, como Berserk, Dark Souls, Devilman e até mesmo o terror cósmico de H.P. Lovecraft, para criar uma experiência única e envolvente. Prepare-se para uma jornada em um mundo onde o divino é corrompido e a esperança reside em figuras improváveis.

O título da HQ, Axioma Vetite, já carrega um peso significativo. Axioma remete a uma premissa fundamental, algo que precisa ser estabelecido como verdade para que o restante faça sentido. Já Vetite, do latim, significa proibido. Assim, Axioma Vetite sugere um fundamento proibido, uma base que não deveria existir. Essa dualidade se reflete no universo de Caelo, o palco da história, um reino onde o que deveria ser puro e divino é distorcido pela corrupção em todas as suas formas.

O prólogo nos introduz a Beatrice, uma jovem aprisionada em um altar cercado por estátuas de anjos, sugerindo um ritual de sacrifício. A figura diante dela, um bispo autoproclamado "devorador de pecados", confirma essa impressão. Beatrice parece ser alguém de grande importância, a ponto de o bispo notar sua singularidade. No entanto, sua iminente perdição é interrompida pela chegada de Iana, uma guerreira colossal adornada com uma imponente armadura.

Diversos aspectos de Iana saltam aos olhos. Seu design evoca os bárbaros clássicos dos RPGs: enorme, musculosa e portando uma arma que inicialmente parece ser um simples bastão gigante, mas que logo se revela muito mais. Sua máscara, com forte inspiração nas máscaras samurais, serve como um aviso intimidante, simbolizando uma guerreira sempre pronta para enfrentar a morte. A violência gráfica presente desde o início, com Iana esmagando a cabeça do bispo, estabelece o tom sombrio da narrativa. Contudo, essa violência não é gratuita; ela serve para desenvolver o mundo e os personagens, subvertendo as expectativas do gênero ao apresentar figuras de autoridade religiosa como ameaças e uma guerreira de aparência demoníaca como a protetora. Essa inversão ecoa a jornada de Guts em Berserk, onde a linha entre herói e anti-herói é constantemente borrada.

A arte de Axioma Vetite merece destaque. Cada detalhe parece ter sido cuidadosamente pensado e executado, resultando em um visual impressionante. As cenas de ação são claras e dinâmicas, permitindo que o leitor acompanhe cada golpe sem confusão. A qualidade artística eleva a narrativa e contribui significativamente para a imersão no mundo de Caelo.

Ainda no prólogo, somos apresentados a um elemento crucial do universo de Axioma Vetite: os teoremas. Nesse mundo, tudo é regido por fórmulas matemáticas, desde as mais simples até as mais complexas e paradoxais. Manipulados corretamente, esses teoremas podem gerar efeitos mágicos poderosos, como a rajada de energia conjurada por Beatrice para derrotar o bispo transformado em uma criatura grotesca, em uma clara referência às transformações de apóstolos em Berserk. A interação entre Beatrice, com sua capacidade de manipular os teoremas, e Iana, com sua força bruta, estabelece uma dinâmica interessante entre as protagonistas. A relação delas, apesar de se passar em um cenário de fantasia medieval, possui nuances que remetem à familiaridade e ao humor presentes nas interações brasileiras, tornando as personagens mais relacionáveis.

O prólogo culmina na revelação de que essa batalha é apenas mais um capítulo na jornada da dupla para matar deuses, preparando o terreno para a trama principal. A atenção dedicada ao prólogo no vídeo destaca sua importância para compreender a essência do mangá.

O primeiro capítulo nos transporta para um campo de batalha devastado, onde Iana observa a destruição após mais um confronto. A chegada de Ludwig do sorriso profano, um personagem com um design que evoca o Black Knight de Dark Souls, a saúda com títulos que atestam sua temível reputação: matadora de gigantes, a dama do frenesi, uivo do fim. A contemplação da alegria de Ludwig na batalha evoca em Iana a memória de Ofélia Reis, uma figura misteriosa com um passado sombrio e uma conexão profunda com Iana. Através de um flashback, descobrimos que Ofélia, marcada por violência e sadismo, nunca havia sentido seu coração bater verdadeiramente até encontrar Iana. Após um confronto intenso, Ofélia foi derrotada, mas poupada por Iana. A natureza exata do relacionamento entre elas permanece um mistério neste primeiro volume, mas a dinâmica sugerida remete às complexas relações de Guts e Griffith em Berserk, ou de Tenma e Johan em Monster, indicando um papel significativo para Ofélia nos volumes futuros.

De volta ao presente, Iana acorda em uma carroça ao lado de Beatrice, tentando afastar as lembranças do passado. Ao chegarem ao seu destino, encontram uma vila surpreendentemente pacífica e acolhedora, um contraste chocante com o sombrio mundo de Caelo. A perfeição da vila levanta suspeitas em Beatrice, que tenta sondar a realidade em busca de teoremas que revelem alguma presença maligna. A ausência de qualquer anomalia é ainda mais perturbadora. A chegada de Vanessa, uma garotinha local, que interage com Iana de forma surpreendentemente amigável, quebra o clichê da guerreira solitária e taciturna, aproximando Iana de uma figura mais experiente e sábia, reminiscente de um Guts que encontrou seus companheiros.

O pai de Vanessa, Bartolomeu, convida as duas para sua estalagem, oferecendo conforto e abrigo. A atmosfera idílica, no entanto, não engana as protagonistas. Beatrice percebe a ausência de caos nas equações que regem a vila, indicando uma manipulação externa, possivelmente por alguém com profundo conhecimento dos teoremas – um anjo. Aqui, mais uma vez, o mangá subverte a imagem tradicionalmente positiva de figuras religiosas, apresentando anjos como seres arrogantes que manipulam a humanidade para seus próprios fins.

Naquela noite, gritos ecoam pelas ruas. Soldados levam Vanessa, enquanto os cidadãos, incluindo seu pai, parecem indiferentes, justificando o ato como sendo "pelo todo". A intervenção de Iana e Beatrice resulta em um massacre, demonstrando a brutalidade e a habilidade da guerreira gigante. A motivação das protagonistas parece justificada: salvar crianças de um sacrifício para um ser maligno, com a conivência da população em troca de uma vida perfeita.

No entanto, a narrativa complexa de Axioma Vetite não se contenta com respostas fáceis. Ao invés de um confronto direto em um castelo fortificado, Iana e Beatrice elaboram um plano: Iana se apresenta com Beatrice como um presente para o Lord Cornélius, o líder daquelas terras. A revelação de que Beatrice é um "axioma" traz o título da obra de volta ao foco. Beatrice, uma das poucas magas capazes de manipular os teoremas, representa algo proibido, uma prova da existência da magia em um mundo onde ela não deveria existir. Sua própria existência é o axioma vetite.

O encontro com Lord Cornélius é interrompido por uma voz poderosa que emana de um portal escuro, ordenando que parem. A voz, reverenciada como "santidade", concede às duas uma audiência, levando-as através do portal para outra dimensão. Lá, elas confrontam o ser por trás da manipulação da vila: um filho de Adur, uma divindade nesse universo, muito além do poder das protagonistas. A arte nessa sequência é particularmente impressionante, com um design da criatura que evoca Cthulhu e os Mind Flayers.

Iana, fiel à sua natureza, ataca a criatura, mas é facilmente repelida. O ser revela sua solidão e seu anseio pelo retorno de seu pai. Beatrice o confronta, denunciando o sofrimento causado por seres como ele. Ao analisar o teorema que sustenta a forma da criatura, Beatrice percebe um paradoxo. Ao aceitar a natureza paradoxal do teorema, ela quebra a ilusão, revelando a verdadeira forma monstruosa da criatura.

A batalha se intensifica, com Iana e Beatrice unindo forças. A dinâmica entre elas culmina em ataques coordenados, mas mesmo juntas, não são páreo para o poder do filho de Adur. Iana é gravemente ferida. Em um momento de fúria desesperada, Beatrice libera uma torrente de magia. Exausta, ela espera que tenha sido suficiente. No entanto, o filho de Adur se aproxima, pronto para absorver seu poder.

É então que Iana, consumida pela fúria por sua incapacidade de proteger Beatrice, remove sua máscara. O que antes era um bastão comum se transforma em uma arma sinistra, e a própria Iana sofre uma metamorfose sombria. A verdadeira "matadora de gigantes" emerge, atacando a criatura com ferocidade, despedaçando-a com garras e presas. Após sua vingança, Iana quase ataca Beatrice, mas sua força de vontade a faz retomar o controle.

De volta ao plano material, a libertação da vila se revela uma amarga ironia. A vila "perfeita" era uma ilusão, e os cidadãos agora enfrentam a dura realidade de seus corpos debilitados e famintos. A expulsão de Iana e Beatrice levanta questões morais complexas sobre o direito de interferir e o verdadeiro significado de liberdade. A promessa de vingança de Iana contra os autoproclamados deuses prenuncia mais conflitos nos volumes futuros. As páginas finais revelam Ofélia, o fantasma do passado de Iana, indicando que seu confronto é iminente.

Axioma Vetite é o primeiro volume de uma trilogia promissora. Se a premissa e a execução deste primeiro volume o cativaram, o universo sombrio e complexo criado por Heckel Almeida certamente o manterá engajado nos próximos capítulos. Apoiar este projeto nacional é uma oportunidade de vivenciar uma obra dark fantasy de alta qualidade com influências familiares e uma voz própria.

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